sábado, 11 de julho de 2015

Poema - O Silêncio - Kiko Carvalho

O Silêncio

Existe um hiato entre o silêncio e a alma
É a calma.
E a calma, o tempo e a alma, a sós
Explodem quietos além do teu nome.
O Nome toca tanto quanto toca a pele.
Mas, na pele, há chama.
O nome, apenas chama.
E calado assim, espero, quanto for
Isolado em mim
Pelo amor.

Kiko Carvalho, Abril 2013

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cordel - Quem no Céu Fazia a Festa - Elyson Carvalho

Quem no céu fazia a festa 
Elyson Carvalho


Foi na década de cinquenta
Já faiz tempo, num aparenta
Que Deus c'a arte da mulesta
Arresorveu mermo inová
Ele mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

O mundo tava era sem graça
Com guerra, roubo e trapaça
Só se via o que não presta
E pras intriga logo acabá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Apois veja a inteligença
Enquanto o mundo pede clemença
Ele não fica de boresta
Para a nossa vida melhorá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Primeiro veio o Ginaldo
Pra deixar mais animado
Pra mostrar que rir é o que resta
E só assim esse mundo mudá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Luiz trôxe a inteligença
Trôxe calma e paciença
Pra completar mermo a seresta
A que Ginaldo mandô prepará
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

E foi sorte de tanta gente
Que puderam ser mais contente
De ser cria de gente honesta
E so tem do que se orgulhá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Nois já tava acostumado
A ser assim tão animado
Tava escrito em nossa testa
Um orgulho de se admirá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Aqui dêxaram um legado
Só que o céu desanimado
Os anjos com as farra modesta
Fôro inté ligêro indagá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Seis décadas já se fazia
Que no céu ninguém mais ria
E com a terra mais honesta
Era o céu todo a pensá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa

Eu só sei que na verdade
Deus num guentô de saudade
E saudade é indigesta
Saudade só vem é pra lascá
Deus mandou buscá
Quem no céu fazia a festa

E foi curta essa históra
Que me traiz muitas memóra
Desses homi que ninguém detesta
Que o mundo só sabia gostá
Um dia eu vou incontrá
Quem no céu fazia a festa



Esse cordel foi feito especialmente para Monize, em memória de Luiz Alberto Carvalho Oliveira e Ginaldo Lopes. Grandes amigos, nasceram com um ano de diferença, adoravam fazer uma farra juntos e, infelizmente, faleceram com poucos dias de diferença um do outro.

Tá inaugurado!

Pronto, sem cerimônia e sem ninguém esperar (e nem se lembrar), a Cabocada lá liberada!

Vamos prosear, Cabocada!!!!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Estamos em contagem regressiva!!!!

Está quase na hora!
Dentro de pouco tempo, o blog, que tem como objetivo divulgar e reconhecer autoria da produção intelectual da Família Carvalho, será inaugurado.

Até daqui a pouco.