quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
sábado, 11 de julho de 2015
Poema - O Silêncio - Kiko Carvalho
O Silêncio
Existe um hiato entre o silêncio e a alma
É a calma.
E a calma, o tempo e a alma, a sós
Explodem quietos além do teu nome.
O Nome toca tanto quanto toca a pele.
Mas, na pele, há chama.
O nome, apenas chama.
E calado assim, espero, quanto for
Isolado em mim
Pelo amor.
Kiko Carvalho, Abril 2013
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Cordel - Quem no Céu Fazia a Festa - Elyson Carvalho
Quem no céu fazia a festa
Elyson Carvalho
Foi na década de cinquenta
Já faiz tempo, num aparenta
Que Deus c'a arte da mulesta
Arresorveu mermo inová
Ele mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
O mundo tava era sem graça
Com guerra, roubo e trapaça
Só se via o que não presta
E pras intriga logo acabá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Apois veja a inteligença
Enquanto o mundo pede clemença
Ele não fica de boresta
Para a nossa vida melhorá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Primeiro veio o Ginaldo
Pra deixar mais animado
Pra mostrar que rir é o que resta
E só assim esse mundo mudá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Luiz trôxe a inteligença
Trôxe calma e paciença
Pra completar mermo a seresta
A que Ginaldo mandô prepará
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
E foi sorte de tanta gente
Que puderam ser mais contente
De ser cria de gente honesta
E so tem do que se orgulhá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Nois já tava acostumado
A ser assim tão animado
Tava escrito em nossa testa
Um orgulho de se admirá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Aqui dêxaram um legado
Só que o céu desanimado
Os anjos com as farra modesta
Fôro inté ligêro indagá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Seis décadas já se fazia
Que no céu ninguém mais ria
E com a terra mais honesta
Era o céu todo a pensá
Deus mandou pra cá
Quem no céu fazia a festa
Eu só sei que na verdade
Deus num guentô de saudade
E saudade é indigesta
Saudade só vem é pra lascá
Deus mandou buscá
Quem no céu fazia a festa
E foi curta essa históra
Que me traiz muitas memóra
Desses homi que ninguém detesta
Que o mundo só sabia gostá
Um dia eu vou incontrá
Quem no céu fazia a festa
Esse cordel foi feito especialmente para Monize, em memória de Luiz Alberto Carvalho Oliveira e Ginaldo Lopes. Grandes amigos, nasceram com um ano de diferença, adoravam fazer uma farra juntos e, infelizmente, faleceram com poucos dias de diferença um do outro.
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Tá inaugurado!
Pronto, sem cerimônia e sem ninguém esperar (e nem se lembrar), a Cabocada lá liberada!
Vamos prosear, Cabocada!!!!
Vamos prosear, Cabocada!!!!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Estamos em contagem regressiva!!!!
Está quase na hora!
Dentro de pouco tempo, o blog, que tem como objetivo divulgar e reconhecer autoria da produção intelectual da Família Carvalho, será inaugurado.
Até daqui a pouco.
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